O Porque do Preconceito com Exu, Pomba-Gira os Orixás Cósmicos e Exu-Mirim
Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)
A Umbanda absorveu em seu sincretismo, um pouco do Cristianismo, que é uma religião que não aceita e até demoniza divindades.
O fundador da Umbanda, Zélio Fernandino de Morais, também foi cristão.
A cultura Judaico-Cristã que tinha rivalidade com outros povos, culturas, religiões e formas de pensamento, teve o costume de demoniza-los, de atribuir a eles as qualidades do que eles chamam de anjos caídos, que são demônios.
A Umbanda cultua Orixás, pois no Plano Espiritual superior ouve uma reforma religiosa, onde se passou a cultuar essas deidades.
Antigamente quase todas as religiões cultuavam divindades.
Claro que no Plano Espiritual existem todas as religiões, inclusive as extintas, e se poderia cultuar qualquer divindade, de qualquer cultura ou religião, pois são as mesmas deidades criadas por Deus, só com nomes e outros tipos de representações diferentes, como mitologias, parábolas, humanizações e etc.
As formas que se pode fazer um culto são muito vastas, mas a escolhida foram a dos Orixás na Umbanda.
Porém existe uma influencia judaico-cristã em nossa cultura e em nossa religião também, o que acabam misturando visões, ideias e impressões sobre os Orixás, onde algumas deidades podem ser mal vistas e mau compreendidas, quando na verdade não é algo criado pelo Judaísmo e Cristianismo.
Muitas vezes deidades aplicadoras da Lei podem ser mau vistas, como os Orixás que lidam com a parte negativa das qualidades divinas, mas que isso não quer dizer que são maus, muito pelo contrário eles são o que devolvem aos seres a evolução espiritual e a espiritualidade, que por outras vias não evoluiriam, e o mesmo ocorre com o Orixá Exu, que é confundido, muito mais frequentemente que essas divindades que falamos, com demônios ou seres trevosos.
Os Orixás são seres divinos que trabalham para o bem, para Deus, cujo maior propósito de tudo é a evolução espiritual.
As deidades mais mal vistas e compreendidas são: Exu, Pomba-Gira e Exu-Miriam.
Todas tem um propósito positivo e de evolução, além de contribuírem para aspectos da realidade, que sem eles não existiriam.
Sem Pomba-Gira não existiria o desejo, por exemplo.
Como existir a vida sem desejo.
Agora Exu é muito complexo e tem muitas linhas de ação.
Exu é o que rege o vazio, do qual tudo o que existe é feito preenche o vazio, e sem o vazio nada poderia ter um lugar para existir.
Exu atua também como um aplicador da Lei Divina, assim como Ogum também, e os Orixás Cósmicos.
Os espiritas dizem que não podem existir seres aplicadores do sofrimento porque Deus é infinitamente bom, mas se é assim, então porque O Divino Criador de Tudo, criou o karma? Que é o ser mais bom de todos? Que é infinitamente bom?
Deus realmente é o melhor de todos, é realmente infinitamente bom, e destituído de ego.
Acontece que o bem não pode existir sem o mau, é o Ying e Yang, a dualidade do que existe.
Então existe o mau, e as pessoas sem consciência fazem o mal, então evoluem com seus karmas e escolhas, e vão adquirindo consciência, e se tornam pessoas boas que evoluem pelo amor, mas é graças a todo esse trabalho das deidades de Deus, que trabalham sempre construtivamente, para o bem.
Deus fez as entidades que trabalham com os karmas com um imenso amor sem sentirem dó, sem desejo de ver o outro sofrer pelo que fez de mau, mas com a compreensão de que as más ações que provocaram, são uma imensa possibilidade de que o ser evolua espiritualmente, e que esse é o melhor destino que pode existir: o progresso de nossa alma.
Entenda, o progresso é o que nos faz cada vez mais felizes, ou seja, sentindo cada vez mais coisas intensas e gostosas, incessantes, uma espécie de paraíso, e isso evolui, evolui e evolui, juntamente com a nossa bondade e humildade, por isso é o melhor destino para nós.
O sofrimento é transitório, mas a evolução que ele traz é eterna.
A evolução não é sofrimento, não quando ela é amor.
O amor é o fruto dessa felicidade que estamos falando, da humildade e da bondade.
Fiquem com luz
Seres de luz