Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

Ontem teve gira de Ansião no centro que faço parte.
Ansião é o arquétipo ou símbolo do sábio, e se manifestam seres elevados dentro da Umbanda, com sabedoria, pois assim combinaram de se manifestar.
Anciões também são chamados de Pretos Velhos, mas esse é um nome errôneo.
Existem anciões de todas as cores e idades também, eles tomam uma forma e se manifestam de uma maneira para incorporar e ajudar dentro de nossa religião brasileira.
O dirigente do centro que faço parte está de férias, e sem saber que ontem eu tinha visto o ancião diferente na hora de incorporar, me ligou falando sobre esse fato.
Sempre de forma alegre e brincando ele perguntou sobre a entidade nova que eu havia incorporado, e eu usei o termo: Preto Velho.
Ele sempre brincando e muito alegre falou:
-Sua mula, não é Preto Velho, é Ansião.
E continuou:
-Vai ver que o antigo Ansião que você incorporava representava a raça branca, e esse agora representa a vermelha.
Pois as entidades frequentemente representam uma raça, sem preconceitos.
O preconceito existiu na desvalorização, principalmente da raça vermelha e afro, mas as quatro raças existem em importância igual, e se no mundo material carregamos ideias mal vistas de raças humanas, elas são ilusórias e não existem no Plano Espiritual elevado. Todos as raças são muito valorizadas e bem vistas, todas são fontes de luz do divino criador.
A raça branca é uma cor de Deus, assim como a vermelha, assim como a amarela e assim como a afro. Cada uma representa uma divindade especifica de Deus.
Cada divindade distribui no universo qualidades especificas de Deus, em uma energia própria.
Divindades são isso, emanadoras da energia divina.
O poder não é da divindade ou nosso, quando usamos energia, mas sim de Deus.
Ele é o Todo Poderoso que confia seu poder as deidades.
Os seres humanos quando atingem o que chamamos de uma segunda iluminação, uma segunda santidade, uma segunda ascensão ou um segundo Nirvana, aí podem se transformar em uma divindade, também chamada de Orixá.
Em uma primeira iluminação nos tornamos plenos e não precisamos mais reencarnar, e em uma segunda a completude aumenta muito mais, e o ser tem a opção ou não de se tornar uma divindade, um anjo, um Orixá.
Apesar de que, os dois Anciões que vi, que se apresentaram para mim e que incorporo, os dois se apresentaram na forma de afrodescendentes, vestidos de roupas bem simples, mas mesmo assim cada um deles representa uma raça diferente.
Os Anciões da Umbanda, eles não foram necessariamente escravos em outras vidas, mas os primeiros a se manifestar em nossa religião afro-brasileira, decidiram se apresentar dessa forma, que tem a ver com a energia deles, que é a simplicidade e a sabedoria.
A sabedoria vem do coração, que é sede dos sentimentos elevados.
O Velho é o símbolo da sabedoria, e os afrodescendentes são da raça de maior longevidade.
Os Anciões são seres que tem muita sabedoria, e com isso sabem curar o emocional dos seres.
Os Anciões exercem um tipo de trabalho espiritual aprendido em escolas do Plano Espiritual elevado, aprendem a fazer o que um “Preto Velho” sabe para realizar seu trabalho, como a benzer, mexer com ervas, usar o rosário, fazer limpeza energética, curar o emocional, energizar, orientar e etc. É um trabalho que condiz com a sabedoria e elevação pelos caminhos que tomaram em suas vidas, de amor.
Muitos anciões da Umbanda, são entidades, ou melhor, mentores que foram escravos, e não tinham nada, e por isso se apegaram com toda a força a única coisa que tinham e eram boas em suas vidas; seu emocional positivo, os sentimentos, e assim ascencionaram, ascenderam, se santificaram, atingiram o Nirvana, a iluminação, se tornaram plenos em amor, se tornanram mentores, guias, amparadores mestres da luz, budas e etc.
Nós também podemos nos apegar com todas as forças ao nosso emocional positivo, e sempre estarmos em contato com ele, o apreciando, o degustando, o sentindo, e assim conquistando nossa elevação espiritual e Ascensão, precisa de dedicação para isso, mas é muito bom.
Fiquem com luz
Seres de Luz
Do seu amiguinho, Erezinho, o Marcelinho