Budismo e Catolicismo – Viver para o Outro e Viver para Deus
Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)
Tanto o Catolicismo como o Budismo, eles vivem essa premissa de vivermos para almo que é maior do que nós mesmos.
No Misticismo Cristão, movimento em que estão inseridos personalidades como São Francisco, Madre Teresa e Santo Agostinho, responsável pelo desenvolvimento de parte do pensamento cristão, se busca a integração com Deus, assim como no Budismo se busca a integração com tudo o que existe.
Tudo é feito com a energia e a essência de Deus, então nos integrarmos a tudo, é nos integrarmos ao Divino, interpretação de diversos tipos de misticismos para essa experiencia com unificação da consciência com todas as vidas existentes.
Bom, mas isso já escrevemos em muitos textos em nossa seção de Misticismo, o que não abordamos ainda é que tanto diversas personalidades cristãs, assim como os Sutras Budistas, que são as escrituras do Budismo, é ensinado para vivermos para Deus (Catolicismo) ou para os outros (Budismo).
No Catolicismo se fala para vivermos para Deus, que está na pessoa de nossos irmãos, que está em tudo, então se trata na verdade da mesma coisa.
Mas para vivermos para os outros, é importante nos dedicarmos a ajudar, a fazer o bem, mas o viver para o outro, isso é o resultado de um grande trabalho de autoconhecimento, que é o que nos leva ao Nirvana ou a Santidade.
O Nirvana do Budismo é o mesmo que a Santidade para os católicos.
Viver para é fazer qualquer coisa, pequena ou grande que beneficie alguém, fazendo isso constantemente, e não importa realmente se o que se faça é grande ou pequeno, pois é a simplicidade, não o ego.
O ego quer ser grande, a simplicidade não.
É como perguntaram a Madre Tereza de Calcutá uma vez, do porque ela ajudava as pessoas se isso não mudaria o mundo.
Madre Teresa responder que poderia não mudar o mundo, mas sim o mundo de alguém.
Quem se importa muito com o outro, se importa em beneficia-lo no que puder.
Quem quer fazer algo grande, isso é o ego.
O ego quer ser importante, se direcionar para o outro e se importar com ele, quando você está fazendo isso, muitas vezes você esquece a si mesmo.
Qualquer coisa que se faça de bom pelo outro é bom, já beneficia, faz bem.
Nós podemos fazer algo grande, mas sem perder a simplicidade, sem deixar de fazer as pequenas coisas, e sem nos acharmos melhores do que os outros por fazermos isso também.
Afinal, nós não somos o que fazemos, nós somos o que somos.
O que nos doamos é o que temos para nos doar, seja grande ou seja pequeno, é como ensina uma grande alma: “O maior presente que podemos dar ao outro é o nosso tempo, pois isso é algo que nunca mais vamos ter de volta”.
Nossa simplicidade é o que somos, nosso status não.
Existe uma distorção que muitos fazem no viver para Deus.
Exista quem diga que viver para Deus é viver para a igreja, e que nela ocorre somente a vontade do Nosso Divino Criador.
E se você dizer isso é você dizer que todos os escândalos da igreja são a vontade de Deus, que a escravidão e catequização dos índios e negros foram a vontade do Nosso Divino Criador, que toda perseguição, tortura e morte feitas por relação a igreja a ciência e outras crenças também foram o desejo do Ser que a Tudo Fez.
A instituição religiosa é feita por homens, muitas vezes bem intencionados, e muitas vezes maus, e o que não significa que os bons podem estra sendo manipulados por pessoas interesseiras, então isso dá complexidade, mas dá para compreender e refletir bem sobre isso.
Deus é o Criador de Tudo, viver para ele é bom.
Viver para a Igreja não significa necessariamente viver para Deus.
É como dizem: “as religiões são rótulos dos quais muitos brigam pelo que está na embalagem, mas poucos bebem no que tem dentro”.
As vezes os ensinamentos religiosos ficam confusos por causa da dupla intepretação, pois o que significa de real e fato viver para a igreja, e o que significa de fato e real viver para Deus?
Viver no amor e com humildade nos rende uma grande felicidade, e trabalhando o autoconhecimento chegamos a essa realidade muito feliz.
Amor são as coisas boas e agradáveis que sentimos, e pode chegar a níveis como a plenitude e estase, e por isso que é muito bom trabalhar o autoconhecimento para chegar nesse nível, mas galgando e respeitando cada passo para chegar até lá.
E sem querer chegar lá em cima sem subir a escada também.
Reflitam sobre o que escrevemos.
Fiquem com luz
Seres de luz
Do seu amiguinho, Erezinho, o Marcelinho