Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

No processo de evolução espiritual as pessoas vão aumentando seus sentimentos em intensidade e tempo que sentem, chegando à plenitude, as coisas muito gostosas e agradáveis e constantes de sentir.
Quando São Francisco nos fala que aqueles que se uniram a Deus tem três grandes benefícios:
Embriagues sem vinho, onipotência sem poder e vida sem morte, ele nos fala desses sentimentos elevados.
Esses sentimentos elevados e a consciência expandida são a embriagues sem vinho.
A consciência expandida é o estado diferente de consciência, que ele compara a embriagues.
Quando evoluímos espiritualmente vamos progredindo em consciência, chegando aumentando-a, até que ela englobe mais do que nós mesmos, sejam os outros ou até mesmo Deus.
A consciência vai além de si mesmo, se importando com os outros além de si, percebendo os outros além de si, e até mesmo indo para além de si e chegando a Deus, se sentindo unido e integrado a ele.
Existe uma meditação mística cristã que os praticantes ficam falando a palavra: adonai, que significa vende a mim, para se sentirem unidos a Deus.
O misticismo é isso, é essa união com Deus que propagaram diversos santos, como São Francisco, Madre Teresa, Santo Agostinho e muitos outros.
Essa mística é a consciência expandida, é uma doutrina dentro do Cristianismo.
A meditação nos leva a uma expansão da consciência e a estados alterados de consciência, só que é muito mais comum, no caso do Cristianismo, a união divina acontecer quando passamos muitas horas concentrados e rezando.
Quando São Francisco nos fala da vida eterna, ela é interpretada no Espiritualismo, como sendo a santidade, que é o nível de iluminação, algo que acontece muito com a expandimos muito nossos sentimentos e consciência.
Vida eterna não é quando você morre literalmente seu corpo físico, mas quando você se torna santo.
Essa é a verdadeira vida, a vida da santidade, onde ele é realmente vivida, pois o amor, que é um sentimento muito gostoso e agradável é muito sentido, o que dá sentido e faz os momentos muito bons.
O Catolicismo fala muito em santidade, mas pouco na união com o Divino.
Quando se fala na união com o divino é o Misticismo, no caso o Mistíssimo Cristão.
Quando se fala em onipotência sem poder, que ensina São Francisco, é sentir Deus, que tudo pode, mas quem pode tudo é ele e nós não, é em elevados níveis de espiritualidade ter poder não é definitivamente importante.
As pessoas egoístas, com medo do destino e controladoras buscam ter poder sobre as situações, quando isso é uma ilusão.
Na evolução espiritual vamos nos desprendendo de nossos defeitos e características negativas de nossa alma, da qual inclui o desejo de controle sobre os outros.
Os outros são livres e aprendemos a respeitar isso com nosso progresso espiritual.
Quando a consciência vai para além de si mesmo, vai para além do ego, e São Francisco viveu para além do orgulho, da vaidade, do materialismo em todos os níveis.
Isso não quer dizer que temos que sair de nossas casas e viver na rua, abandonar nosso trabalho, pois a humildade e a simplicidade são características interiores e não exteriores.
Na Índia muitas gurus vão morar nas montanhas e viver sem bens materiais para demonstrar espiritualidade, e isso é orgulho e vaidade, algo apenas exterior, quando o que importa é o interior, é o não nos sentirmos superiores a ninguém.
São Francisco também foi morar na rua, mas isso porque seus pais não o deixaram viver de fazer caridade, então ele abandonou todos os bens materiais, que eram de seus progenitores.
Como São Francisco era muito desprendido pode viver na rua, mas passou muita fome e sofrimentos, coisas desnecessárias para quem pode ajudar os outros sem ficar nessas condições.
O que importa de fato é o amor, e ter posses materiais pode nos ajudar a ajudar os outros.