O Budismo, o Sofrimento e a Felicidade – As Cinco Lembranças

Por: Ryath (Inspirado por Marcelinho)

O Budismo é descrito frequentemente, em suas maiores escolas, como a Theravada, a Esotérica e o Zen, como um método de libertação do sofrimento.
Sair do sofrimento é algo muito atrativo, assim como conquistar a felicidade.
As pessoas buscam geralmente não sofrer, assim como buscar o que é bom para elas, de acordo com seus conceitos do que é bom.
O que uma pessoa considera bom pode não levar a felicidade, muitas pessoas nem gostam da felicidade, pois felicidade é amor e bons sentimentos.
O que uma pessoa considera bom, além de não levar a felicidade pode levar aos karmas negativos, aqueles que fazem a pessoa sofrer, como a traição, o roubo, o mentir sobre alguém, o oportunismo para manter vantagens individuais e etc. e esses atos são geralmente gerados pelo egoísmo, que é pensar em si mesmo e não no outro.
A felicidade e os bons karmas, aqueles que te trazem coisas boas, que é o que as religiões Ocidentais chamam de Dharmas, que para o Budismo tem outro significado, que é sabedoria, andam de mãos juntas.
Felicidade é sentir coisas boas e intensas, e quanto podemos sentir isso fortemente e o tempo todo no Nirvana, que é o objetivo do Budismo.
O Budismo te ajuda muito mais a ser feliz do que a não sofrer, mas nos ajuda também a eliminarmos diversos tipos de sofrimento, mas para isso temos que aceitar algumas verdades que não são tão fáceis, para obtermos o desprendimento.
Essas verdades são:
1-O envelhecimento existe, o que é algo óbvio.
Então é preciso ter desprendimento de si mesmo e da vaidade.
2-Não tem como escapar da doença.
Para não sofrermos vamos nos concentrar no aqui e agora, sem pensar vamos ficar doentes no futuro.
3-Não há como escapar da morte.
Para isso é preciso muito desprendimento, assim como viver o presente, sem ficar pensando que vai morrer, mas sim viver e desfrutar o momento.
4-O que é querido para mim pode ter um fim ou mudar.
Se ater no presente é a solução para não pensar na finitude das coisas.
Aqui vou meter meu bedelho e dar uma dica que aprendi na Umbanda, que Deus nunca abandona a gente, sempre ampara e nos reserva o melhor, o que nos reserva é sempre uma felicidade muito grande, e podemos acelerar essa felicidade tendo o autoconhecimento.
O Budismo também acredita que nosso destino é a plenitude, que o que nos reserva no futuro é muito bom, e aceleramos isso com o autoconhecimento.
Tudo o que o Budismo ensina é para desenvolvermos o autoconhecimento, diminuirmos nosso sofrimento e alcançarmos a plenitude, e a Umbanda também trabalha para isso, a diferença é que a religião de Buda não fala muito explicitamente sobre Deus, e muitos budistas nem aceitam esse conceito do Divino Criador.
Uma forma de alcançarmos o amor antes do Nirvana é ter uma pessoa que nos complete, que nos amemos, aí então podemos viver essa felicidade, que tem graus de intensidade, assim como o Nirvana.
O amor em um relacionamento amoroso é uma forma de se completar com o outro, e o Nirvana é uma forma de se completar com o Universo.
O amor é uma coisa maravilhosa, e não podemos confundir frieza com quem amamos, pois isso é o oposto da espiritualidade, pode ser soberba, ou orgulho também.
O medo de perder o nosso par romântico, a forma de lidarmos com isso é viver o presente, usufruí-lo, mas não ser frio e fazer de tanto faz perder esse amor, mas sim buscar a completude com o universo para sermos muito felizes também, mesmo sem um par romântico que nos complete. 
5-Nasço com um Karma, sou dono de minhas ações e as tenho como um arbitro.
É importante saber que tudo o que acontece com nós é fruto de nossas ações, seja do presente ou do passado.
É como diz Buda, se procedo bem, eu me purifico (e aí ando para frente nisso que expusemos em ir direção a plenitude e fim de sofrimentos), mas se procedo mal, sofro as consequências. 
É importante sermos bons para plantarmos o bem, ter bons merecimentos, inclusive de progredirmos para sermos mais felizes.
Reverendo Genshô ensina que muitos de seus alunos evoluem muito com a meditação, mas outros não, e isso acontece por causas karmicas, ou seja, o karma também influencia nosso progresso espiritual.
O bem tem tudo a ver com a felicidade, como ensina Sócrates e Platão.
Já o mal, como também ensina esses filósofos, é destituído de felicidade.
Busquem sempre o bem.
Fiquem com luz
Seres de luz
Do seu amiguinho, Erezinho, o Marcelinho.