Por: Ryath (Inspirado por Senhor da Luz Prateada)

Existiu na Índia antiga, mais ou menos no séc. 9 ou 8 depois de Cristo, um tempo de grande adulteração religiosa, é claro que existiam os bons sacerdotes e religiosos, mas os maus estavam muito em excesso, onde o povo era muito explorado, tiravam muito dinheiro dele através da religião.
Para a religião hindu desse período era interessante manter o povo na ignorância.
Foi nesse tempo, que é muito após Buda, que é de 500 anos antes de Cristo, que surgiu um sábio com o nome de Shankara, que fez uma revolução religiosa na Índia, usando alguns ensinamentos muito parecidos com os de Sidarta Gautama, dizendo que tudo está dentro de nós, e que é para buscar a verdade dentro de nós.
Naquele tempo os Sacerdotes ditavam os conhecimentos religiosos, mas Shankara dizia que o conhecimento está dentro de nós.
Wagner Borges nos conta algo muito interessante; que os sacerdotes disseram para Shankara fazer o ritual do fogo, meditar olhando a fogueira, para ter boa colheita.
Em virtude disso, Shankara, nos conta Wagner, disse que ele mergulhou dentro de seu coração, ascendeu a fogueira do meu discernimento e queimei meu ego, e a consciência apareceu.
Então Shankara disse, nos conta Wagner: Qual fogueira é melhor, a sua de fora, ou a minha de dentro?
Eu não vou na fogueira disse Shankara, vou meditar, nos conta Wagner Borges.
Nessa cisma religiosa, onde o povo passava fome e os religiosos manipulavam para tirar dinheiro e ter poder, Shankara tirava o poder do ritual e colocava dentro de nós.
Não que os rituais religiosos sejam ruins, nada disso, eles são muito bons, se usados honestamente, podem nos ajudar a despertar a consciência, a progredirmos em direção ao Nirvana, mas é que Shankara lutava contra um sistema, e talvez por causa disso no Oriente a meditação seja considerado o melhor meio para se atingir o Nirvana.
Já no Ocidente é diferente, tem diferentes práticas, e cada um defende que o seu sistema é melhor.
Wagner Borges também nos conta que os sacerdotes Bhamanes falavam que Deus está em todas as coisas, mas que Shankara dizia que; se está em tudo, então está em mim mesmo, então para que vou no templo?
Claro que isso fazia parte do combate de Shankara, pois no templo existem energias fortíssimas, que nos ajudam em diversos sentidos, inclusive a nos trazer autoconhecimento, evolução espiritual.
Porém na natureza existem energias mais fortes que a dos templos.
Mas hoje em dia na Índia, os hindus podem praticar nos templos ou em casa, fica a disposição deles.
Quando existe boa intenção e boa instrução, os templos são melhores, mas não era o que acontecia na época.
Os ensinamentos de Shankara estão dentro de um contexto histórico que ele viveu na época.
Mas na verdade, antigamente o Hinduísmo era chamado de Bhamanismo, mas depois de Shankara passou a ser chamado com o nome que conhecemos hoje.